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Pará se consagra em balanço comercial de 2024 e ter o maior superávit da região norte ultrapassando US$20 bilhões

cr.: Agência Brasil;

O Pará encerrou o ano de 2024 com um superávit comercial de US$ 20,9 bilhões, consolidando-se como o estado com o melhor desempenho na região Norte. Esse saldo positivo, que representa a diferença entre exportações e importações, garantiu ao estado a 6ª posição no ranking nacional de exportações (US$ 22,9 bilhões) e o 16º lugar nas importações (US$ 2 bilhões). Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Entre os destaques das exportações paraenses estão o minério de ferro, com 56% de participação, seguido pelo minério de cobre (13%), óxido de alumínio (8,2%) e soja (6,5%). Apesar de sua relevância, o minério de ferro apresentou queda de 1,5% no volume exportado em comparação com 2023. No campo das importações, fertilizantes químicos lideraram com 26% de participação, acompanhados por óleos combustíveis (13%) e elementos químicos inorgânicos (10%).

Comparativo regional e crescimento tímido

Na Amazônia Legal, o Pará ficou atrás do Mato Grosso em exportações, importações e superávit, com o estado mato-grossense registrando um saldo de US$ 24,8 bilhões. Além disso, o crescimento anual paraense foi modesto: 3,1% nas exportações e 7,3% nas importações em relação ao ano anterior.

Análise econômica e desafios estruturais

O economista André Cutrim, conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-PA/AP), avalia que o superávit reflete a força das commodities na economia paraense, especialmente minérios e produtos do agronegócio. Contudo, ele alerta para o ritmo de crescimento moderado. “Os números indicam uma possível desaceleração na expansão das atividades voltadas ao mercado externo, revelando a necessidade de diversificação e aumento do valor agregado dos produtos exportados”, afirma.

Segundo Cutrim, a competitividade interestadual também é um desafio. “A posição atrás do Mato Grosso reforça a importância de fortalecer o agronegócio paraense e investir em estratégias que promovam um equilíbrio entre crescimento econômico e preservação ambiental”, destaca.

Perspectivas para 2025

Para 2025, o economista projeta um cenário promissor, mas dependente de fatores econômicos e ambientais. “A manutenção de preços elevados das commodities é essencial, mas deve ser acompanhada de políticas que incentivem cadeias produtivas sustentáveis e o desenvolvimento de indústrias locais voltadas a tecnologias limpas e economia circular”, explica.

Além disso, Cutrim aponta a modernização da infraestrutura como prioridade. “Soluções como o transporte ferroviário e hidroviário podem reduzir custos operacionais e emissões de carbono, enquanto políticas de incentivo à geração de empregos qualificados ajudam a reter mão de obra na região”, ressalta.

De acordo com o especialista, o Pará tem o potencial de se tornar um modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira, integrando crescimento econômico com conservação ambiental e responsabilidade socioambiental no cenário internacional.

Fonte: O Liberal, COMEX (Mdic); Texto: Lua Franco;

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